segunda-feira, 31 de outubro de 2016

O MITO DA MÃE PERFEITA - "Porque ninguém é emocionalmente saudável”


Ilude-se aquele que pensa que existe família perfeita. Trata-se de um mito que promove o marketing de “propaganda de margarina”, por exemplo. Famílias são complicadas desde a criação do ser humano, evidenciando conflitos e desafios familiares por muitas e muitas gerações. Basta avaliar a trajetória de personagens bíblicos ou dos grandes heróis da fé. Haja imperfeição!
Em um contexto atual em que a imagem vale mais que o conteúdo, o risco de ser iludido é ainda maior. Entre sorrisos e abraços, fotos são postadas em redes sociais e quase impõe uma verdade absoluta de que pais, mães e filhos vivem em perfeita harmonia. Pretensões a parte, sempre será fundamental depender de Deus para que um lar seja edificado em meio aos escombros, atropelos, poeiras e imensos sacrifícios do cotidiano dos mortais.
Da mesma forma, mães não são perfeitas. São constituídas de muito cansaço, ansiedade, arrependimentos, insatisfações e blá-blá-blá… Podem ser mulheres diferenciadas, mas são tão somente mulheres. No entanto, é a partir delas e de sua finitude que Deus promove grandes obras a favor da família. Sim, há mães tão imperfeitas que sequer se julgam capazes de cuidar de seus filhos, muito menos de fazer parte de um ministério que abrange mães que oram por eles. Um certo sentimento de incompetência lhes invade a mente.
Eis uma outra ilusão: pensar que mães são absolutamente bem sucedidas em sua missão de educar.  E quando o mito da mãe perfeita é enganoso, acaba tomando o lugar de Deus na configuração familiar. Porque muito se lê sobre pais emocionalmente saudáveis que conseguem criar filhos emocionalmente saudáveis. Mas Deus sabe muito bem o quanto somos doentes nas emoções. Sendo assim, não importa a dor que foi gerada na família nem o grau da enfermidade de cada um, vale deixar acontecer o milagre da superação acima da imperfeição.
É fato: filhos precisam ser educados com o melhor de nós mesmos e não com o pior, mesmo que nos sintamos mães absurdamente tão imperfeitas. E se acreditamos que só o amor cura, restaura, transforma, vai ser sensacional sentir o poder de Deus sobre todos os mitos que nos impuseram ao longo da vida.
Porque “ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimentos; as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja vacas, todavia, eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação” (Habacuque 3.17-18). Viva a alegria de Habacuque! Viva todas as mães imperfeitas, mas garantidas e trabalhadas nas mãos de Deus!



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